Como desenvolver a empatia na vida das crianças

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Já aconteceu alguma situação em que você se colocou no lugar de alguém? Mesmo que inconsciente, a empatia é uma habilidade exclusivamente humana que faz com que nos sensibilizamos com situações difíceis ou situações que pessoas próximas estão passando em suas vidas.

Além disso, é uma capacidade fundamental para as pessoas viverem de maneira mais solidária, generosa e compreensiva.

Pensando nisso, pode-se trabalhar a empatia desde cedo. Vamos ver algumas dicas de como estimular esse sentimento?

Empatia e a interação social

Nos primeiros anos de vida, as crianças começam a assimilar o que é importante e passam a entender o que elas mesmas estão sentindo e como lidar com cada sentimento.

Por isso, trabalhar as habilidades socioemocionais, seja no ambiente escolar ou em casa, é tão importante. A rotina da família com as crianças é outro ponto fundamental, afinal, elas seguem o modelo dos adultos como exemplo para sua vida.

Leia o artigo: “Os benefícios da rotina”.

Veja algumas maneiras de estimular a empatia:

• Quando a criança brigar com um colega, faça ela refletir sobre e pergunte como ela acha que a outra pessoa está se sentiu, ou como ela se sentiria na mesma situação;

• Demonstre que pequenos gestos são maneiras de se importar com as pessoas ao nosso redor. Por exemplo, cumprimentar prestadores de serviço, como porteiro, atendentes de loja, motoristas de transporte, etc. Além disso, oferecer o assento no transporte público e ajudar um colega que está com dificuldades na escola também são gestos que demonstram empatia.

Características da empatia

O autocontrole e o respeito são características diretamente ligadas à empatia.

O primeiro passo para criar um adulto empático e desenvolver o autocontrole e respeito é ensinar a noção de amizade e trabalho em grupo, mostrado que dividir é algo natural.

Além disso, na hora de conversar com outras pessoas, é normal que haja opiniões diferentes. Nesse contexto, respeitar a posição do próximo é fundamental. Afinal, muitas crianças não sabem como lidar com as diferenças e destratam outros colegas.

Nesse sentido, a escola é um dos melhores ambientes para praticar a empatia. É papel dos educadores mostrar que todos somos iguais, mas que não precisamos pensar da mesma forma.

Atividades lúdicas

Uma ótima maneira de trabalhar a empatia é com atividades lúdicas, como filmes, livros, desenhos animados e atividades extracurriculares.

Leia o artigo: “O lúdico e a aprendizagem na vida das crianças”.

Dicas de livros:

Ler é uma atividade prazerosa e muito importante: além de reforçar os vínculos familiares, a leitura estimula a concentração, imaginação e acalma os pequenos antes de adormecerem.

Portanto, é uma atividade que só traz benefícios para sua família! Que tal introduzir esse hábito em sua casa?

Descubra a importância da leitura!

Aqui são algumas sugestões para praticar a leitura e a empatia com as crianças:

• Charlie e Lola: Levemente Invisível
• Gentileza
• Cara de quê?

Veja pode encontrar estes e outros livros na Loja Leiturinha.

Dicas de filmes:

Os filmes são portais para outros mundos e estimulam nossa curiosidade e criam até memórias. Alguns filmes podem sacudir nossa consciência e mudar nossa perspectiva.

Confira 5 dicas de filmes para conversar sobre empatia com as crianças

Extraordinário: Um exemplo é o filme Extraordinário, que conta a história de um menino que nasceu com uma deformidade facial e precisou passar por 27 cirurgias. Consequentemente, ele tem vergonha de sua aparência e sofre bullying no colégio.

Leia o artigo: “Bullying na infância e adolescência”.

Vida de Inseto: Este filme dá uma ótima visão sobre a importância do trabalho em equipe e mostra o dia a dia de uma colônia de formigas. Elas precisam recolher alimentos para os gafanhotos e uma formiga, Fik, cria pequenas geringonças e busca mais formigas para salvar sua colônia. Nesse cenário, a criança consegue se colocar tanto no lugar dos gafanhotos, quanto a colônia de formigas, por exemplo.

Procurando Nemo: A história conta a trajetória de Nemo, um peixe-palhaço que nasceu com uma deficiência e tem uma de suas nadadeiras menor que a outra. Ele é capturado por um mergulhador e seu pai, Marlin, fica desesperado. Ele percorre os sete mares atrás do filho com a ajuda de Dory, um peixe-fêmea que tem perda de memória recente.

Leia o artigo: “Como incentivar a independência e maturidade do seu filho”.

Divertida Mente: Um filme divertido e ideal para entender melhor as emoções. A história tem como protagonista a garota Riley, de onze anos. Ela nos mostra como funciona sua mente, fazendo a representação de cada sentimento através de personagens.

A ilustração que o filme faz do papel das emoções mostra que cada uma tem um propósito, sendo uma ótima maneira de estimular a empatia, o autoconhecimento e a união; além de mostrar a importância de conhecer as nossas emoções a fundo.

Leia o artigo: “O que o filme Divertida Mente nos ensina sobre as emoções”.

Toy Story 3: Em Toy Story 3, Andy está prestes a ir para a faculdade e precisa definir quais brinquedos serão guardados no sótão, quais vão para a faculdade junto com ele. Sem querer, a mãe de Andy coloca seus antigos brinquedos em outro lugar e eles acabam sendo levados para uma creche com diversos outros brinquedos. Como nos filmes anteriores, Woody é campeão em tirar seus amigos de situações como essa e decide salvá-los dessa também. O desfecho dessa história é lindo e emocionante; com certeza vale a pena assistir aos outros filmes.

Conclusão

Foi possível ver que a empatia pode ser explorada desde cedo na vida das crianças através da interação social e familiar por meio de atividades lúdicas, como filmes, livros, desenhos animados e atividades extracurriculares.

Ensinar as crianças a terem mais empatia reforça as habilidades sociais, e faz com que elas fiquem mais abertas à comunicação e compreensão dos outros.

Ter empatia também ajuda as crianças a entenderem temas delicados, como a separação e a perda de familiares.

Além disso, vimos que o desenvolvimento da empatia na vida das crianças, é um dever da família e também deve ser incentivado no ambiente escolar.