Os riscos da exposição excessiva nas redes sociais

Tempo de leitura: 6 minutos

A aceleração da tecnologia e das redes sociais tem cada vez mais assumido um papel de destaque na vida dos jovens e crianças devido ao uso constante, e até excessivo, de celulares e computadores.

Hoje, são inúmeras as plataformas que conectam pessoas do mundo inteiro: Instagram, TikTok, Facebook, Twitter, SnapChat, YouTube e WhatsApp.

No artigo de hoje exploramos o direito das crianças à privacidade e os riscos da exposição excessiva nas redes sociais.

Boa leitura!

O outro lado das redes sociais

Redes Sociais. Garota sorri e faz biquinho enquanto tira uma foto para sua rede social favorita

É comum que os pais queiram registrar o crescimento e os momentos mais importantes de seus filhos através de fotografias e vídeos.

Além disso, muitas crianças também começam a ter seus próprios espaços nas redes sociais desde muito cedo. Contudo, essa exposição pode trazer muitos riscos, tanto para as crianças, quanto para a família. Afinal, elas podem publicar informações sensíveis, como o nome da escola ou o endereço onde vivem.

Sob o mesmo ponto de vista, a sugestão é deixar esses canais de comunicação restritos apenas para pessoas do convívio familiar, por exemplo.

Expectativa x realidade

Além dos perigos das redes sociais, existe outra questão a refletir: expectativa e realidade. Ou seja, existe uma linha que separa o mundo real do mundo virtual.

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) publicou o Guia Prático de Atualização e outros estudos sobre as tecnologias de informação para alertar sobre as influências na saúde e no comportamento de crianças e adolescentes.

Atualmente, as indústrias globais de entretenimento investem bilhões nessas tecnologias, uma vez que os jovens são o público-alvo na maioria das redes sociais.

Isso pode ocasionar no uso exagerado de eletrônicos e até se transformar em dependências comportamentais futuras.

Leia o artigo: “A importância de limitar o tempo de tela das crianças”.

Cuidados ao publicar fotos e vídeos

Veja algumas medidas que podem ser tomadas para a segurança e privacidade das crianças e adolescentes nas redes sociais:

  • Nunca divulgue a localização (check-in);
  • Não informe o nome completo da criança;
  • Não divulgue informações pessoais da criança (data e local de nascimento, escola que estuda, etc);
  • Certifique-se que ao postar a foto, você não estará expondo outra criança sem a autorização dos responsáveis.

Não deixe de ler o artigo: “Os perigos da internet na vida do seu filho e como evitá-los”.

Viralização

Um fato relevante sobre as redes sociais é que uma imagem ou vídeo pode ser assistido e compartilhado milhares de vezes, o que pode ser positivo ou não.

Ebook Segurança nas Redes Sociais, disponível para download

Infelizmente, os crimes sexuais envolvendo menores de idade aumentaram consideravelmente, justamente pela facilidade de disseminação de conteúdos envolvendo crianças e adolescentes. Então, todo cuidado é pouco. Evite postar fotos que possam atrair pessoas mal intencionadas e que também possam causar um constrangimento no futuro, para o próprio filho.

Comparação nas redes sociais

Redes Sociais. Crianças tiram foto em frente a uma câmera

Dentro do contexto das redes sociais, a comparação com outras pessoas pode trazer diversos problemas para a saúde física e mental.

Mas, por que isso acontece? Bom, o principal motivo é que, na maioria das vezes, as pessoas publicam um corte (de poucos segundos) sobre suas vidas, ou seja, os jovens se baseiam em uma “vida editada” e deduzem que aquela pessoa tem a “vida perfeita”. Consequentemente, eles a querem também.

Além disso, todas aquelas imagens e vídeos de corpos, geralmente magros, sempre em lugares bonitos, podem gerar um distúrbio na autoimagem dos jovens, ainda mais levando em conta que o Brasil está entre os países que mais fazem cirurgia plástica.

As consequências dessa comparação nas redes sociais leva os jovens a buscarem procedimentos para ficarem parecidos com alguma celebridade e com os filtros de aplicativos. Do mesmo modo que pode desencadear outras situações como:

  • Depressão;
  • Baixa autoestima;
  • Ansiedade;
  • Transtornos alimentares;
  • Distúrbios de imagem.

Como falar sobre os riscos das redes sociais com as crianças

Redes Sociais. Crianças vendo a internet com a supervisão do pai

Como você já viu alguns dos riscos e consequências da exposição excessiva nas redes sociais, é importante conversar com as crianças e adolescentes sobre esse assunto. Por isso, nosso time separou algumas sugestões para abordar o tema de forma leve.

Entenda qual conteúdo seu filho consome nas redes sociais

É comum que os jovens não se sintam confortáveis para falar sobre alguns assuntos com os pais, por isso, é importante estabelecer um vínculo de confiança através de um conversar abertas e sem críticas. Assim, elas se sentirão seguras para contar o que quer que esteja acontecendo, seja positivo ou negativo.

Uma ótima dica é comentar sobre os vídeos e fotos interessantes que você viu na internet. Dessa forma, você também se mantém atualizado sobre o que eles gostam de consumir nas redes sociais. 

Reforce alguns conceitos

A princípio, é importante fortalecer regras básicas que valem tanto para a vida quanto para as redes sociais. O primeiro deles você provavelmente já ouviu: “Não faça com os outros o que não gostaria que fizessem com você”. Em outras palavras, esse conceito diz muito sobre respeito ao próximo e a empatia.

Leia mais sobre o assunto no artigo: “Como desenvolver a empatia na vida das crianças”.

Outro exemplo é para ficar atento com pessoas desconhecidas e não aceitar nada de quem não se conhece. Pode parecer algo simples, mas isso pode evitar que as crianças e os adolescentes passem por uma situação difícil.

Oriente seus filhos

Redes Sociais. Menina está acessando a internet com sua mãe ao fundo

Sabemos que hoje em dia a maioria das crianças tem acesso a diversas tecnologias. De acordo com uma pesquisa de 2018, 58% das crianças com idades entre 9 e 10 já possuíam perfil em redes sociais. Ou seja, vale dizer que devemos tomar cuidado com esse fácil acesso à internet.

Confira o artigo: “A importância de limitar o tempo de tela das crianças”.

Outro estudo, feito com 192 crianças, de 10 a 14 anos, comprova a nossa preocupação com os jovens. Cerca de 40% declarou conversar e se conectar com estranhos, 53% revelaram seu número de telefone a eles e 15% tentaram se encontrar com o estranho que elas conheceram online. 

Além disso, outra orientação muito importante é sobre clicar em links desconhecidos, afinal, essa é uma das maneiras mais com comuns de cair em golpes na internet.

Isso acontece em vários sites que oferecem brindes e prêmios muito bons, principalmente, para crianças e adolescentes que são mais inocentes.

Conclusão

Aqui no Blog Educa Pais, você pode ler tudo sobre educação e desenvolvimento infantil, parentalidade, segurança da criança e muito mais. Então, se você quer estudar mais sobre esses assuntos, clique aqui e acompanhe os nossos artigos!

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