Alergia alimentar em bebês: sintomas e tratamentos

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As alergias alimentares estão aumentando constantemente em bebês. A heterogeneidade dos sintomas às vezes dificulta seu diagnóstico. Mas o que é alergia alimentar em bebês e como tratar?

Para ajudar você a entender mais sobre o que é alergia alimentar em bebês, eu preparei o artigo de hoje sobre o assunto. Ficou interessado em saber mais? Então acompanhe comigo agora mesmo!

O que é alergia alimentar em bebês?

A alergia é uma resposta alterada do sistema imunológico a uma substância chamada alérgeno, que por si só é inofensiva. 

O sistema imunológico, que tem a função de defender nosso corpo, reage a uma substância inofensiva como se fosse prejudicial e age para eliminá-la. 

No caso de alergias alimentares, esses alérgenos são alimentos, então a reação alérgica ocorre quando a pessoa come o alimento ao qual tem sensibilidade.

Geralmente, o mecanismo pelo qual a reação alérgica ocorre é a produção de anticorpos IgE. Esses anticorpos produzem uma reação no corpo que causa sintomas relacionados à reação alérgica ou anafilática. Esses sintomas geralmente são imediatos e sua gravidade geralmente está relacionada à quantidade de comida que a criança comeu.

Nem todos os componentes dos alimentos são alérgenos potenciais, geralmente são proteínas que fazem parte de um alimento específico. Em alergias alimentares, o que é chamado de reatividade cruzada pode ocorrer. 

Isso ocorre quando o sistema imunológico, além de reagir contra o alérgeno original, também o faz contra outros similares. 

Por exemplo, isso pode acontecer com alimentos que pertencem à mesma família, como diferentes frutos do mar ou nozes. Por esse motivo, quando se suspeita de alergia a um determinado alimento, a análise de outros alimentos que geralmente estão relacionados é realizada.

Existem dois tipos de alergia alimentar de acordo com o mecanismo patogênico subjacente:

Alergia alimentar mediada pela presença de anticorpos IgE

A ingestão do alimento alergênico leva a uma resposta inflamatória com a produção de anticorpos específicos, imunoglobulinas E (IgE). A reação é então imediata. Essas formas, raras em bebês, aparecem na maioria das vezes por volta dos 3 anos de idade.

A alergia alimentar não IgE mediada

A ingestão de alimentos alergênicos causa uma reação do corpo por meio de diferentes sintomas, mas não há produção de IgE. Esse tipo de alergia geralmente é uma expressão mais tardia. Esta é a forma mais comum em bebês.

Sintomas de alergia alimentar em bebês

Pode ser mais difícil reconhecer a presença de alergia em uma criança muito pequena ou em um bebê. Há sintomas leves ou sintomas mais graves que podem indicar choque anafilático. Alguns dos sintomas leves são:

• Erupções cutâneas, urticária, coceira no palato.
• Inchaço ou inflamação.
• Distúrbios digestivos, como náuseas, vômitos, diarreia ou cólicas.
• Lágrima, vermelhidão nos olhos, irritação nasal.
• Tosse ou falta de ar.

Quanto ao seu início, os sintomas de alergia em bebês geralmente se manifestam imediatamente após o consumo do alimento e sempre nas primeiras duas horas após a ingestão. 

Existem graus de sensibilidade, então há pacientes que podem tolerar vestígios do alérgeno em sua dieta e outros reagem ao contato mínimo.

No caso de alguns alimentos, como leguminosas ou peixe, a inalação dos vapores que emanam durante o cozimento pode produzir sintomas, por isso é recomendável evitá-los.

Alergias alimentares mais comuns em bebês e crianças

As alergias alimentares geralmente começam antes dos dois primeiros anos de vida. A partir de então, eles estão diminuindo e podem desaparecer, algo que é mais provável com alguns tipos de alimentos, como veremos mais adiante.

Os pais de uma criança alérgica devem se acostumar a olhar atentamente para os rótulos, já que hoje em dia, com o grande número de produtos processados no mercado, o temido alérgeno pode aparecer nos alimentos que menos esperamos. 

Eles geralmente aparecem em negrito no rótulo. Dependendo do seu nível de sensibilidade, há crianças que toleram vestígios e outras que precisam de uma exclusão total desses alimentos em sua dieta.

Abaixo, mostramos quais são as alergias alimentares mais comuns em bebês e durante a primeira infância.

Leia o artigo: “Brincar com os filhos: 9 erros que você não deve cometer”.

Alergia à proteína do leite de vaca

Esta alergia, uma das mais comuns na primeira infância e ocorre no início da administração de fórmula à base de leite de vaca. 

Quando uma criança sofre desse tipo de alergia, não é possível dar a ela outros tipos de leite, como leite de cabra ou ovelha, uma vez que eles são muito semelhantes aos da vaca e, como mencionamos anteriormente, pode ocorrer reatividade cruzada. 

O ideal é estender a amamentação o máximo possível, sem atrasar a inclusão de outros tipos de alimentos na dieta do bebê.

Caso a amamentação não seja escolhida, fórmulas hipoalergênicas preparadas para esses casos estão disponíveis no mercado. É muito importante não confundir alergia à proteína do leite de vaca com intolerância à lactose em bebês, uma vez que tem uma origem e manejo diferentes.

Alergia a ovos

Essa alergia geralmente se manifesta em bebês no momento em que o ovo é introduzido em sua dieta, algo que geralmente é feito entre 8 e 9 meses de idade. Em alguns casos, embora sejam os menores, pode aparecer mais tarde. 

Dentro da alimentação complementar da criança, você começa com a gema e normalmente a tolerância é boa. Uma vez que a gema é tolerada, a clara é introduzida e geralmente é nesse momento que a alergia aparece, uma vez que contém mais proteína.

Pessoas com alergia ao ovo de galinha geralmente têm reatividade cruzada com ovos de outras aves, como pato ou codorna, então eles também não podem consumi-los. É importante dar uma boa olhada nos rótulos, já que o ovo faz parte de muitos alimentos, como massa e certos molhos.

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Alergia ao trigo

Deve ser esclarecido que a alergia ao trigo não é a mesma que intolerância ao glúten ou doença celíaca, já que, neste caso, não há anticorpos IgE envolvidos. 

A principal diferença no nível nutricional é que uma criança com alergia ao trigo pode comer outros tipos de cereais (como cevada, centeio ou aveia), enquanto que, se for celíaco, não pode comer nenhum alimento que contenha glúten.