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Começar a amamentar não costuma ser simples no início. Tanto a mãe como o bebê precisam de um tempo de aprendizagem e de adaptação para que a amamentação ocorra sem problemas.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a amamentação é a forma ideal de fornecer às crianças pequenas os nutrientes de que necessitam para um crescimento e desenvolvimento saudáveis.
Por isso, conhecer os problemas mais comuns durante a amamentação e como resolvê-los é fundamental.
Assim sendo, para ajudar você a entender mais sobre os problemas mais comuns durante a amamentação, preparamos o artigo de hoje sobre o assunto. Quer saber mais? Então acompanhe agora mesmo!
Os 10 problemas mais comuns durante a amamentação
1. Mastite
A mastite é uma infecção da mama. Os sintomas mais reconhecíveis são dor, inflamação, endurecimento do peito, febre e mal-estar geral. É aconselhável ir ao médico quando aparecerem os sinais para descartar possíveis infecções e ter o tratamento adequado.
Solução: Hidratar a área com cremes específicos para isso. Deixe secar ao ar, posicionar bem o bebê e favorecer a aderência do mamilo.
Leia também: “Alergia alimentar em bebês: sintomas e tratamentos”.
2. Rachaduras
Rachaduras e mastites costumam estar unidas. As primeiras produzem tanta dor que podem levar ao abandono da amamentação. Geralmente são devidos a uma má técnica de amamentação ou anomalias anatômicas no bebê.
Solução: Facilitar a aderência correta e a posição do bebê ao amamentar, hidratar a área e deixar secar ao ar livre irá melhorar a amamentação e favorecer o desaparecimento da dor e das rachaduras.
3. Má aderência do mamilo
É uma das principais causas do abandono da amamentação. A dor e as rachaduras posteriores dificultarão a sua continuação. O bebê pode ficar com fome por não sugar corretamente e isso resultaria em uma escassez no fluxo de leite.
A maioria das formas e tamanhos de mamilos permite amamentar sem dificuldades, mas alguns podem precisar da ajuda durante as primeiras semanas.
Solução: Tente colocar o bebê para agarrar a auréola completa do peito e não apenas o mamilo. Use os dedos como uma pinça para colocar o bebê corretamente.
4. Baixa produção de leite
A quantidade de leite que a mãe produz para alimentar seu filho é uma das principais preocupações.
O controle do peso do recém-nascido é primordial nestes primeiros meses e não saber qual é a quantidade exata que você produz faz com que não tenhamos certeza se ele precisa de mais ou menos leite.
Solução: Faça um controle de peso após cada mamada.
5. Ingurgitação (acumulação de leite nos canais lácteos)
Acontece quando mais leite é produzido do que o lactante extrai. O ideal é amamentar a pedido do bebê, assim o corpo saberá a quantidade a produzir para a próxima mamada.
Quando alternado com leite de fórmula, durante os primeiros dias também pode ocorrer este problema porque a mãe gera mais leite do que o necessário.
Solução: Esvaziar frequentemente o peito. É fundamental fazê-lo manualmente se o bebê não tomar o suficiente.
6. Cólica do lactante
As cólicas do bebê são episódios noturnos de choro intenso de pelo menos 3 horas de duração, três ou mais noites por semana, durante pelo menos três semanas. Pode ser devido à imaturidade intestinal, intolerância às proteínas do leite de vaca ou ao temperamento da criança.
Solução: Trate de acalmá-lo nos braços ou colocá-lo no peito.
Leia o artigo: “Proteínas para as crianças: entenda a importância e os benefícios”.
7. Rejeição do peito
Se o bebê rejeitar sempre o mesmo peito, a primeira coisa seria descartar problemas de aderência ou postura, mastite ou outras causas.
Se rejeitar ambos os seios e isto não for devido à “Síndrome de confusão de mamilos” (por causa do uso de chupetas) a razão principal teria de ser identificada.
Solução: Aumentar o contato pele com pele, oferecer o peito num local calmo e quando o bebê estiver calmo.
8. Crise de crescimento
Esta crise é um episódio transitório em que o bebê exige mais quantidade de leite. Este é inquieto e geralmente coincide com os períodos de crescimento da criança. Ocorre entre a 3 e 6 semanas após o nascimento, e também aos 3 meses de vida.
Solução: Oferecer-lhe o peito sempre que se notar mais inquieto ou com fome. Lembre-se que o leite materno aumenta as defesas da criança.
9. Descompensação dos seios
Algumas mães produzem muito mais leite materno em um dos seios, não deixando o bebê esvaziar completamente ambos os lados.
O normal é que a criança tome do primeiro peito entre 10 a 20 minutos e do segundo extraia apenas uma mistura de água e leite. Desta forma, conseguiríamos evitar uma obstrução.
Solução: O segundo peito só deve ser oferecido se o bebê quiser e sempre na próxima mamada deve começar com o último da anterior.
10. Dificuldades por parto prematuro
As crianças nascidas prematuramente não têm o instinto de sucção desenvolvido. A isto junta-se um aumento do leite tardio na mãe e a preocupação com a saúde do bebê. Tudo isso complica o caminho da amamentação.
Em suma, os bebês prematuros (nascidos antes da semana 37 de gestação) alimentados com leite de suas mães tendem a receber alta hospitalar duas semanas antes dos alimentados com leite de fórmula.
Solução: A amamentação nestes casos pode ser feita de várias maneiras: diretamente com a criança ao peito ou por seringa com o próprio leite da mãe ou proveniente do banco de leite. O melhor é deixar-se guiar pelos médicos e enfermeiros do hospital.
Gostou de saber mais sobre os problemas mais comuns durante a amamentação? Então não deixe de acompanhar os demais artigos do blog, temos muitas outras novidades para você!
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