Você conhece as fases da alimentação infantil? 

Tempo de leitura: 5 minutos

A alimentação infantil é essencial para cobrir todos os requisitos nutricionais, pois é uma etapa chave para o crescimento e desenvolvimento das crianças.

Os objetivos da alimentação durante a infância são:

  • Cobrir os requisitos energéticos e reguladores para alcançar o crescimento adequado;
  • Evitar deficiências e desequilíbrios nutricionais;
  • Facilitar e promover hábitos alimentares saudáveis, o que ajudará a reduzir o risco de desenvolver doenças tanto na infância como no futuro.

Desde cedo é importante estimular uma boa alimentação não só no que diz respeito aos alimentos, mas também aos costumes e hábitos alimentares, pois a infância é uma etapa que determinará a relação do indivíduo com a comida.

Assim sendo, para ajudar você a entender mais sobre as fases da alimentação infantil, nós preparamos o artigo de hoje sobre o assunto. Quer saber mais? Então acompanhe agora mesmo!

Quais são as fases da alimentação infantil?

Na imagem temos vários alimentos infantil para bebês, ingualmente importantes como o leite materno

O bebê de 0 a 6 meses

O leite materno é o alimento ideal para os lactentes. Contém todos os nutrientes e energia que um bebê precisa durante os primeiros 6 meses de vida e ainda cobre metade ou mais das necessidades nutricionais do bebê durante o segundo semestre de vida, e até um terço durante o segundo ano. 

A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda o aleitamento materno exclusivo durante os primeiros 6 meses de vida sob demanda.

Os anticorpos presentes no leite materno, protegem de muitas doenças. Verificou-se que as pessoas que foram amamentadas são menos propensas a desenvolver alergias, diabetes, doença celíaca, doença inflamatória intestinal, obesidade e alguns tipos de câncer.

Como vimos, o aleitamento materno confere muitos benefícios para a saúde do bebê, mas também para a mãe. A amamentação ajuda o útero a contrair mais rapidamente, portanto, favorece uma rápida recuperação, previne hemorragias pós-parto e diminui a probabilidade de anemia. 

Ebook Segurança nas Redes Sociais, disponível para download

Amamentar está relacionado com uma menor incidência de câncer de mama, ovário e útero, bem como osteoporose. 

Também facilita a recuperação do peso pré-gravidez mais rapidamente e produz bem-estar emocional, além de proporcionar uma oportunidade única para o vínculo afetivo mãe-filho.

O aleitamento materno é um recurso natural que não polui e protege o meio ambiente, pois não gera resíduos, nem precisa de tratamentos especiais que exijam gastos energéticos para a sua elaboração ou emissões de CO2.

No caso de não poder ou não querer amamentar, será usado leite em fórmula. 

Hoje em dia, os leites artificiais são muito melhorados, todos apresentam uma qualidade semelhante e variam pouco na sua composição de uma marca para outra, por isso é uma questão de encontrar a que o bebê prefere.

Leia também: “Alergia alimentar em bebês: sintomas e tratamentos”.

Dos 6 meses aos 3 anos

Seguindo as recomendações da OMS, a partir dos 6 meses de idade, deve-se iniciar a alimentação complementar, ou seja, aquela que complementa as mamadas de leite materno (que continuarão a ser aproximadamente 400-500 ml por dia). É aconselhável continuar a amamentar até os 2 anos de idade ou mais.

A partir do sexto mês, podemos começar introduzindo uma grande variedade de alimentos:

Lácteos

Os iogurtes naturais (sem açúcar) e o queijo fresco podem ser oferecidos a partir dos 9-10 meses, em pequenas quantidades e aumentar progressivamente. O leite de vaca não deve ser introduzido antes do primeiro ano de vida.

Cereais

Priorize os cereais integrais, isto inclui macarrão integral, arroz integral, pão integral, etc. Para começar, você pode optar por arroz cozido em mingau.

Frutas

Comece com frutas como banana, maçã, laranja, tangerina, pêra, pêssego, melancia, melão, morango, etc. Devemos ter cuidado com as frutas que contêm sementes e, especialmente, se são redondas como uvas ou tomates cereja. 

Qualquer alimento com seção circular deve ser cortado para evitar asfixia. Esta precaução é extensível às nozes, que podem ser dadas a partir dos seis meses sempre esmagadas (por exemplo, em creme sem adição de açúcar).

Vegetais

Também não existe um vegetal melhor do que outro para começar, mas, atendendo às texturas e sabores, pode começar pela cenoura, abóbora, feijão, abobrinha, alho-poró, cebola, tomate, etc. A precaução com os vegetais está naqueles de folhas verdes como espinafre e acelga, que devem ser evitados durante o primeiro ano. 

Estes vegetais contêm nitrato que, quando convertido em nitrito, é tóxico e, consumido em excesso por crianças menores, pode causar uma doença chamada metahemoglobinemia.

Proteínas

No caso de proteínas animais, o ideal é que elas venham de peixe (branco e azul), carne (de preferência branca, como peru ou frango) e ovos. 

É claro que você também pode (e deve) obter proteínas de fontes vegetais como leguminosas (lentilhas, grão de bico, ervilhas), nozes e sementes.

Gordura

A gordura principal será a do azeite extra virgem, sendo também aconselhável o abacate, as nozes e o peixe azul.

Durante o primeiro ano de vida é aconselhável que o bebé não tome açúcar livre, isto inclui sucos e mel. Também é conveniente acostumar o paladar a baixas quantidades de sal.

Cada vez que um novo alimento é introduzido, é importante deixar um tempo de margem em relação aos anteriores (cerca de três dias). 

Caso contrário, se o bebé sofrer uma reação alérgica, será difícil identificar o que a causou. O ideal é que, ao longo do primeiro ano de vida, tenha experimentado praticamente todos os alimentos dos grupos anteriores.

Gostou de saber mais sobre as fases da alimentação infantil? Então não deixe de acompanhar os demais artigos do blog, temos muitas outras novidades para você!

Os comentários foram encerrados, mas trackbacks e pingbacks estão abertos.