Educação Financeira: 7 dicas de como ensinar ao seu filho

Tempo de leitura: 7 minutos

Quando nos tornamos pais, um dos nossos principais objetivos é proporcionar aos nossos filhos conforto e qualidade de vida e, para isso, trabalhamos com afinco e dedicação. Por essa razão, é importante ensinar aos pequenos desde cedo sobre educação financeira.

Apesar da importância do assunto, falar sobre dinheiro com crianças ainda é um tabu para alguns. No entanto, quando a abordagem é feita de maneira apropriada, só traz benefícios. 

Ao conscientizar seus filhos sobre as finanças, você estará criando futuros adultos mais responsáveis, seguros e organizados. Com isso, eles serão beneficiados tanto no âmbito pessoal quanto no ramo profissional escolhido.

Para entender mais sobre a relevância da educação financeira na infância e conferir dicas de como apresentá-la às crianças, continue lendo essa matéria!

A importância da educação financeira para as crianças

Criança (Filho) depositando um dinheiro no seu cofrinho

Educar uma criança é capacitá-la para enfrentar as adversidades da vida. Dessa forma, a educação financeira não se resume apenas à noções de economia.

Além dos benefícios citados acima, por meio do conhecimento sobre o dinheiro e — sobretudo — de como administrá-lo, os pequenos terão mais chances de se tornarem bem-sucedidos futuramente.

E, quanto antes essa temática for introduzida aos seus filhos, mais facilmente eles absorverão os conhecimentos e, com o seu auxílio, naturalmente os colocarão em prática. 

7 dicas de como inserir a educação financeira na infância

Pais ensinando ao sua filha o valor da educação financeira

Assim como já mencionamos, há formas adequadas de adentrar nessa temática e elas variam de acordo com a idade da criança. Entretanto, de maneira geral, a alusão deve ser mais lúdica, visto que é através das brincadeiras que os pequenos mais aprendem.

Abaixo, veja as 7 principais dicas que selecionamos para te ajudar a guiar seus filhos sobre a educação financeira, levando em consideração suas respectivas etapa de desenvolvimento. 

De 3 a 6 anos

Quanto mais novas são as crianças, maior é o receio de falar sobre dinheiro. Porém, ele influencia a vida de todos, sem exceção, antes mesmo do nascimento. Logo, não há porque hesitar em abordar essa questão com o seu pequeno, por menor que ele seja. 

1. Brinque com os seus filhos

Há inúmeros jogos educativos disponíveis no mercado que têm como foco o conceito financeiro. Alguns exemplos são o Jogo da Vida e o Banco Imobiliário.

Porém, brincar com os pequenos não precisa ser, necessariamente, por intermédio de um jogo de tabuleiro. Também pode ser através de dinheiro de brinquedo ou até mesmo aplicativos de celular. 

Entretanto, ainda assim é fundamental estabelecer limites em relação ao tempo de tela que seus filhos são expostos, visto que — quando em excesso — pode ser prejudicial para o seu desenvolvimento. 

2. Lhes dê um cofrinho transparente

Por si só, os cofrinhos já são boas ferramentas de ensino, mas não oferecem aos pequenos um estímulo visual satisfatório para que entendam conceitos básicos, como economizar. 

A partir do momento que o cofrinho for transparente — caso você não encontre pronto para comprar, pode improvisar com um pote de plástico —, a criança acompanhará a evolução da quantia de dinheiro e terá representações palpáveis de quantidade. 

3. Mostre que as coisas valem dinheiro 

Nesse período, suas atitudes terão mais impacto na cabecinha dos seus filhos do que suas palavras propriamente ditas. Sendo assim, mostre para eles que para se ter as coisas, é preciso pagar por elas.

Um bom meio de fazer isso é levá-los à padaria ou ao supermercado e, com o dinheiro do cofrinho, comprar algo que seja da escolha deles.

Presenciar o funcionamento do dinheiro é uma etapa essencial do ensino da educação financeira, pois assim os pequenos aprendam a lidar com ele.

Ademais, dentro desse mesmo tópico, ainda há a questão das profissões. É primordial que a criança saiba que seus pais têm um emprego e ganham um salário pelo trabalho que exercem.

Há como ilustrar isso os atribuindo tarefas básicas — como guardar os brinquedos ou arrumar a cama — e “pagá-los” com moedas, para que eles saibam que o dinheiro requer empenho. 

De 7 a 13 anos

Nessa fase, seus filhos já terão conhecimento sobre o que é o dinheiro e qual a sua importância. Portanto, agora ele deve aprender como ganhá-lo, como gastá-lo e, ainda, entender os problemas ocasionados pelas dívidas.

4. Estabeleça um valor de mesada

A mesada é um valor mensal que tem o propósito de ensinar a criança a gerir um orçamento limitado.

O valor deve cobrir os gastos básicos dos seus filhos, porém deve estar vinculado ao cumprimento de certas obrigações — como, por exemplo, tirar notas boas.

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A partir dessa idade, a criança tende a estar apta para o recebimento da mesada, mas é recomendável que — ao menos nos primeiros meses — ela te mostre como gastou o dinheiro. Assim, você poderá orientá-la de forma prática. 

Defina uma quantia baixa para que os erros não tenham grandes impactos e incentive os pequenos tanto a gastarem com inteligência, quanto a economizarem. 

5. Utilize o método dos envelopes

Falando em economia, você já ouviu falar do método dos envelopes? Basicamente, ele consiste em guardar dinheiro dentro de envelopes para objetivos específicos — seja um brinquedo, roupa ou até mesmo um passeio. 

Peça aos seus filhos para escreverem ou desenharem nos envelopes para que eles se envolvam ainda mais nesse método que, além de poupar dinheiro, também ensina sobre os distintos valores atrelados à diferentes coisas.

6. Demonstre o custo da oportunidade 

Independente da sua situação financeira, é imprescindível que a criança entenda o valor do dinheiro e saiba que, ao comprar uma coisa, não terá dinheiro para comprar outra. Ou seja, que não se pode ter tudo o que quer na hora que quer. 

O custo da oportunidade consiste no poder das escolhas: ao optar por comprar um brinquedo, não sobrará dinheiro nesse momento para adquirir um jogo de videogame. 

Um dos maiores problemas solucionados pela educação financeira é, exatamente, a falta de consciência relacionada ao peso das escolhas e as consequências dos gastos. Dessa forma, se aprofunde em relação a isso com seus filhos.

Em todas as idades

Apesar das especificidades ligadas à faixa etária, há uma dica em especial que engloba a educação financeira na infância como um todo. 

7. Dê o exemplo

Ainda que você pratique todas as dicas citadas nessa matéria, nenhuma delas surtirá efeito se você não der o exemplo dentro de casa. Afinal, do que adianta ensinar o custo da oportunidade às suas crianças, por exemplo, quando você compra tudo o que vê pela frente?

O “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço” não funciona com os nossos filhos. Pelo contrário! Eles são nosso reflexo, e, apesar das atitudes corretas não dispensarem as palavras, a verdade é que atos incorretos as invalidam. Portanto, seja você a maior referência do seu pequeno. 

Conclusão

Na adolescência, provavelmente seus filhos terão a própria conta bancária e entenderão sobre o funcionamento de um cartão de crédito. 

Isso significa que em algum momento será preciso deixá-los completamente livres para que tomem as suas próprias decisões. 

Os erros serão inevitáveis e, no fim das contas, também são boas fontes de aprendizado. 

Porém, por terem sido bem instruídos, provavelmente os impactos causados por eles não serão tão severos quanto àqueles ocasionados por falta de conhecimento. 

Ao instruir o seu filho sobre educação financeira, você contribuirá diretamente para a gestão das finanças dela e também para a sua saúde mental, que é extremamente afetada por problemas financeiros que poderiam ser evitados através da administração correta dos recursos. 

Para conferir mais matérias sobre educação na primeira infância, acesse o nosso blog!

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