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“Criação natural” ou “criação com apego” são termos cunhados pelo pediatra William Sears e sua esposa Martha, enfermeira, pais de oito filhos e com uma vida dedicada à infância.
Baseia-se na criação do amor, do respeito, da escuta e do acompanhamento do bebê nos seus primeiros meses.
Para ajudar você a entender mais sobre a criação com apego, preparamos o artigo de hoje sobre o assunto. Ficou interessado em saber mais? Então acompanhe agora mesmo!
O que é criação com apego?
A criação com apego tem a ver com a ligação emocional com os filhos a partir do momento em que são concebidos. Uma criação cheia de valores, regras e respeito. É um trabalho diário de confiança, comunicação e respeito bidirecional.
A criação com apego significa respeitar suas necessidades e, ao mesmo tempo, as de si mesmo. É encontrar o equilíbrio entre normas e necessidades.
8 chaves para colocar a criação com apego em prática
A criação com apego é um estilo de educação que tem ganhado cada vez mais adeptos ao redor do mundo. É por isso que este guia apresenta as oito chaves fundamentais para ajudar os pais a aplicarem a criação com apego na educação de seus filhos.
Com essas estratégias, é possível construir laços afetivos mais fortes e saudáveis com os pequenos, contribuindo para um futuro mais feliz e equilibrado:
Laços afetivos desde o nascimento
Uma vez dada a luz, tanto a mãe como o bebê precisam de estar juntos.
O método de manter pele com pele favorece o desenvolvimento dos laços afetivos e é a base da criação com apego.
Uma separação prolongada nesse momento pode ter efeitos no plano emocional e psicológico do bebê ao longo do tempo.
O pai também pode fornecer esse bem-estar primeiro se a mãe não puder.
Nesse caso, a ligação desenvolve-se, não é automática, por isso é preciso fornecer ao bebê os cuidados necessários para que o apego emocional positivo se desenvolva.
Amamentação
A amamentação fornece a alimentação que o bebê precisa, fornecendo-lhe os nutrientes necessários e reforçando as suas defesas.
A amamentação também é um momento em que mãe e filho se encontram, onde o bebê encontra calma, conforto e sente-se seguro.
É verdade que o aleitamento materno é benéfico nutritiva e imunologicamente falando, mas alimentar um bebê é mais do que isso, é dar-lhe segurança, conforto e responder às suas necessidades.
Pegar o bebê no colo
Pegar o bebê no colo proporciona ao bebê uma proteção maior. Acalma-os e dá-lhes segurança para compreender melhor os estímulos que chegam do exterior e permite-lhes interagir a partir do sossego, a partir da confiança.
Os bebês que são segurados com frequência choram menos, dormem melhor e sua respiração e temperatura são reguladas com a do portador.
Além disso, os ajuda se tiverem cólicas por causa da pressão e calor que sentem em sua barriga, e os ajuda em seu desenvolvimento psicomotor e social.
Dormir perto do bebê
Dormir perto de bebê favorece o descanso do bebê e da mãe, uma vez que pode responder às suas necessidades mais rapidamente sem fazer o bebê esperar, evitando momentos de angústia e estresse pela separação.
Em suma, tem dois benefícios muito importantes:
- Favorece o aleitamento materno, pois tem o peito perto e ajuda na recuperação da mãe, pois assim ela pode descansar mais e evita ter que se levantar continuamente para alimentá-lo.
- Favorece o sono do bebê para que ele seja agradável, seguro e tranquilo.
Confiança no valor do seu choro como linguagem
O modo de comunicação que o bebê usa é o choro. Se eles choram é por alguma coisa.
Se for ignorado, o bebê acreditará que as suas necessidades não são importantes e deixará de se comunicar, influenciando negativamente o seu desenvolvimento psicológico e a forma como se relaciona no futuro.
Deixar um bebê chorar causa um aumento do cortisol, hormônio do estresse, que influenciará o desenvolvimento neurológico do bebê.
Para combater todas estas substâncias são libertadas outras (endorfinas, serotonina, opiáceos) que causam uma diminuição do estresse, pelo que é normal que depois o bebê adormeça, mas não porque tenha aprendido algo, mas porque estas substâncias fizeram efeito.
Até aos 3-4 anos, a criança não tem a capacidade de se colocar no lugar do outro, de sentir empatia, de entender segundas intenções, de interpretar a mente do outro e de manipular.
É por isso que se o bebê ou a criança chora é porque tem uma necessidade de que ele só pode ser atendida com a intervenção de seu cuidador.
Veja também: “Atitudes que estimulam o desenvolvimento da linguagem”.
Cuidado com as exigências
O ritmo de um bebê não é como o dos adultos, o seu desenvolvimento e as suas necessidades são diferentes. Eles não têm horário fixo, não têm agenda.
O sono do bebê difere muito do adulto. Tentar fazer com que o bebê siga o ritmo de vida do adulto não favorece o seu desenvolvimento natural.
O adulto deve procurar um ambiente seguro e tranquilo para o desenvolvimento do bebê com base no respeito e confiança.
Ter equilíbrio
Procurar o ponto de equilíbrio é necessário para não ser nem autoritário nem permissivo. Apenas a proximidade com o bebê ajudará a discernir e a conseguir uma criação positiva e feliz.
Criação em família
O ambiente familiar é primordial para conseguir uma criação com apego. A cumplicidade, a empatia e envolvimento de todos os membros, sempre a partir do respeito, ajudará a criar um vínculo saudável.
Tanto o pai como a mãe devem envolver-se igualmente no cuidado dos seus filhos, na sua educação e na atenção às suas exigências.
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