As vantagens e desvantagens da tecnologia na infância

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Cada vez mais vemos que as crianças, principalmente adolescentes têm tido acesso à tecnologia e equipamentos eletrônicos, como celulares, computadores e video games.

Segundo dados da pesquisa TIC Kids Online – Brasil (2018), realizada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil, 86% das crianças e adolescentes brasileiros, entre 9 e 17 anos, estão conectados, correspondendo a 24,3 milhões de usuários da internet.

A facilidade em pesquisar e assistir qualquer coisa com apenas um clique tem dois pontos a serem discutidos: as vantagens e as desvantagens. Afinal, essa relação é benéfica ou maléfica?

Consequências do uso excessivo da tecnologia

A facilidade de conexão trouxe perigos que antes não existiam. Pensando nisso, a Sociedade Brasileira de Pedriatria (SBP) divulgou um documento para promover a saúde e o bem-estar de crianças e adolescentes em contato constante com tecnologias digitais.

Além disso, tem como objetivo “auxiliar pediatras, pais, responsáveis e educadores a evitar a utilização inadequada das tecnologias digitais e, ao mesmo tempo, estimular práticas saudáveis nessas novas ferramentas”, destacam os especialistas do GT da SBP.

Leia o artigo: “Os perigos da internet na vida do seu filho e com evitá-los”.

Desvantagens do uso da tecnologia

• Dependência Digital;
• Problemas de saúde mental: irritabilidade, ansiedade e depressão
• Déficit de atenção e hiperatividade;
• Cyberbullying;
• Transtornos do sono;
• Transtornos de alimentação: sobrepeso/obesidade e anorexia/bulimia;
• Sedentarismo e falta da prática de exercícios;
• Dificuldades de aprendizagem;
• Transtornos da imagem corporal e da auto-estima;
• Problemas visuais, miopia e síndrome visual do computador;
• Perda auditiva induzida pelo ruído;
• Transtornos posturais.

Para evitar que a criança desenvolva algum desses pontos citados acima, o ideal é que o contato com eletrônicos não aconteça antes dos 2 anos.

Vantagens do uso da tecnologia

• Ajuda na capacidade de aprendizado;
• Gera interesse por novos conhecimentos;
• Estimula a concentração e o raciocínio lógico;
• Oferece novas formas de estudar;

A tecnologia é uma forma de aproximar as pessoas, então, porque não usá-las nesse sentido para que a criança tenha contato com amigos e familiares que não estão próximos? Além disso, hoje em dia existem muitos aplicativos e canais no YouTube que podem ajudar o seu filho a estudar e se aventurar nos mais diversos assuntos.

Leia o artigo: “Tecnologia na educação”.

Papel da escola

A escola também tem um papel essencial na educação online para crianças e adolescentes, afinal, é possível fazer uso desses meio de forma pedagógica e lúdica.

Uma ótima dica é organizar um projeto de fotografia para estimular o olhar dos alunos; uma sugestão é sugerir fotos sobre os conteúdos que foram estudados em sala de aula, por exemplo. É possível até fazer viagens em turma para realizar esses tipos de projetos.

As fotos podem ser colocadas em murais da escola com a finalidade de trazer uma reflexão por trás das imagens. Essa reflexão ajudará as crianças a desenvolverem seu senso crítico e sua autonomia.

Cuidados que os pais devem ter

É comum que pais muito atarefados não consigam dar a devida atenção que os filhos merecem, ou então, usem a tecnologia para deixar as crianças “quietas” por um período de tempo, seja em frente a televisão, no tablet ou celular.

Porém, a luz emitida pelo visor reduz a produção de melatonina, hormônio indutor do sono, gerando dificuldades de dormir e manter uma boa qualidade de sono. Ao acordar, a criança pode sentir aumento da sonolência diurna, ter problemas de memória e concentração durante o aprendizado com diminuição do rendimento escolar, podendo desenvolver sintomas dos transtornos do déficit de atenção e hiperatividade.

Leia o artigo: “Hiperatividade infantil: como lidar com o comportamento”.

Sabemos que limitar o tempo de tela das crianças e protegê-las de conteúdos inadequados não é uma tarefa fácil; pensando nisso, listamos algumas dicas e cuidados que os pais precisam ter em relação às crianças e tecnologia.

1. Utilizar o perfil kids nas plataformas

No caso do YouTube e Netflix, existe a possibilidade de usar o perfil kids, que é separado da conta dos pais. O legal é que ainda é possível criar um perfil para cada criança, assim, elas podem aproveitar ao máximo e sem medo de acessar algo inapropriado.

2. Estipular o tempo de uso em frente às telas

Limitar o tempo de uso não só ajuda a evitar o excesso em frente às telas, mas também cria uma relação de respeito entre pais e filhos, reforçando o respeito e diálogo entre pais e filhos. O ideal é que o tempo não ultrapasse de uma ou duas horas por dia para crianças entre cinco a dez anos. Lembrando que é super importante ter a supervisão de algum adulto.

3. Incentivar o uso da tecnologia para atividades físicas

Você sabia que videogames, como Kinect e Wii são ótimos consoles para incentivar as crianças a fazerem exercícios físicos? Pois é! Esses tipos de jogos estimulam a coordenação motora e a concentração através de danças e até esportes, como tênis e yoga.

Além disso, existem diversos jogos virtuais que estimulam o aprendizado, como sudoku, paciência, perguntados, xadrez, entre outros.

Aplicativos para segurança das crianças

Hoje existem aplicativos que ajudam os pais a monitorar o que as crianças fazem nas redes, quanto tempo e quais aplicativos elas estão usando, assim como verificar a localização e ver compras que foram feitas.

Baixe agora o E-book: “Segurança nas Redes Sociais”.

• Google Family Link
• Controle Parental Screen Time
• Kaspersky Safekids
• OurPact

Esses aplicativos estão disponíveis para todos os sistemas operacionais.

Conclusão

Podemos ver que a tecnologia está cada vez mais presente no dia a dia nas crianças e adolescentes. Porém, nada substitui o contato, o olhar, a voz e o afeto humano.

A chave para criar consciência sobre o uso das mídias sociais está no diálogo e equilíbrio, afinal, a internet é uma ferramenta de conexão que também traz vantagens na vida das crianças e pode ser usada para aproximar pais e educadores.

Sendo assim, criar regras saudáveis para o uso dos equipamentos é a alternativa para conciliar o mundo digital do mundo real. É fundamental promover a conscientização sobre o porquê da limitação e orientação de uso da tecnologia.