A difícil tarefa de ser mãe

Tempo de leitura: 9 minutos

Antes de iniciar a leitura, gostaria de dizer que esse post foi escrito por um pai, que sabe e reconhece o real valor que você, mãe e mulher tem na construção da família e na educação dos nossos filhos.

Não usei esse espaço para manifestar os problemas como uma forma de desabafo e tão pouco construí recursos para serem usados contra nós homens.

Tentei apenas transparecer da melhor forma possível a minha visão e quero de alguma forma, suscitar no coração dos homens que são pais ou que vão ser pais um dia, a difícil tarefa que é ser mãe nos dias de hoje, e trazer um esclarecimento quanto ao fato!

Esse post também foi escrito para vocês mulheres. Tenho certeza que se identificarão em muitas partes desse texto, e quem sabe, não traga algo novo para o seu conhecimento.

Dei o melhor de mim e espero que apreciem!

A mãe moderna

Mulher moderna. Mãe e trabalhadora

A mãe moderna é a mulher dos tempos atuais. Ela é a dona do próprio nariz, dedicada aos estudos, muito competente profissionalmente, dirige seu próprio carro, cuida dos filhos sem descuidar da saúde e da sua aparência.

Aquele velho estereótipo de mulher submissa e subserviente aos homens, aos poucos vem deixando de existir e cada vez mais cedo, estão buscando sua independência no mundo.

Apesar da mãe moderna ser uma evolução das mães do passado, elas estão longe de se sentirem satisfeitas com a vida que levam.

Muitas vezes se sentem culpadas por não estarem mais presentes na vida dos filhos e se culpam também por não corresponderem 100% a sua vida profissional, já que precisam dividir sua concentração e atenção com as obrigações familiares.

A mãe moderna vive em constante desafio!

Podemos comparar esse estereótipo de mulher moderna com um malabarista que precisa manter vários pratos no ar o tempo todo, sem que nenhum caia no chão.

Essas mulheres esperam ter a colaboração e a participação do marido na educação dos filhos, porém, nem sempre são correspondidas da forma que esperam por eles.

Viver essa vida intensa de trabalho e assumir as responsabilidades e afazeres de casa, sobrecarregam ainda mais essas mulheres que vivem no limiar da tensão.

A mãe e o pai, duas faces da mesma moeda

Pai e mãe brincando com o seu filho de lego

Quando a escola convida os pais para uma conversa, quem mais atende ao chamado são as mães e dificilmente o pai comparece à reunião.

Vemos que na grande maioria os filhos ainda são de responsabilidade da mulher, mesmo que ela trabalhe fora e sua participação no orçamento familiar seja cada vez mais significativa, as responsabilidades recaem quase sempre nos ombros dela.

Vemos que as mulheres vêm ganhando cada vez mais espaço no mercado de trabalho sem deixar de ser mãe, e nem por isso os homens têm se interagido mais e se tornado mais pais nesse processo de mudança.

Porém, vale ressaltar que a mãe não é melhor que o pai e nem o pai é melhor que a mãe, são apenas diferentes!

Essas diferenças se complementam, já que sem o homem a mulher não pode ser mãe e o homem sem a mulher, não pode ser pai. Assim a criança é fruto dessa associação!

A verdade é que a mulher é muito diferente do homem e existem diferenças enormes entre eles, por exemplo:

A mulher fala o que pensa e ainda tem a capacidade de pensar enquanto fala. Seguramente a mulher consegue pensar, escutar e falar ao mesmo tempo.

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O homem por sua vez, não fala enquanto pensa e normalmente só fala depois que pensa. Uma ação de cada vez!

A mulher ao jantar em um restaurante, consegue reparar nos talheres, toalha de mesa, nos enfeites, nas pessoas e na decoração do ambiente.

O homem repara no barulho, na demora para servir a refeição, no tamanho das porções e no preço final da comida.

Em uma refeição em casa, se o filho não quiser comer, o homem não vê problema nisso. Já a mãe por outro lado, se dispõem a preparar o sanduíche preferido do filho.

Portanto, o homem e a mulher, além de apresentarem diferenças fisiológicas, possuem diferenças biológicas entre si e entendê-las ajudam a compreender os papéis de ambos na construção da família.

Se elas evoluirão ao longo dos anos e ascenderam a uma posição de igualdade, cabe a nós homens, fazermos o mesmo e nos igualarmos nas responsabilidades familiares.

Unidos por um propósito

Mãe e pai segurando seu pequeno filho no colo

O homem não é o que reza a tradição machista da sociedade atual e não deve se comparar como tal, apenas para impor um status que não existe.

O homem é um ser humano integral e assim que deve ser, entretanto, se fizer apenas o mínimo que se espera dele sem ter a visão abrangente do todo, será apenas um estorvo na vida da mulher.

É o caso do funcionário de uma montadora que não se limita a um mero apertador de parafusos, ainda que passe a vida toda fazendo isso, ele entende o seu papel e sabe que está ajudando a construir um carro e é, portanto, um construtor de carros.

Vamos a um exemplo prático.

Se a criança está chorando, de nada adianta o pai gritar do sofá para que a mulher vá atendê-la. Esse ranço machista tão antieducativo só aumentará os problemas.

Seria muito mais inteligente e respeitoso da parte dele, se pudesse aplicar essa mesma energia para atender e ajudar a criança ao invés de designar essa obrigação a sua esposa.

Acredite, a natureza é generosa ao recompensar uma mudança de comportamento desse tipo. Além do homem ganhar mais proximidade com o filho, terá a admiração da sua esposa.

Não há uma única mulher que não retribua carinhosamente quem trata bem o seu filho!

Um pai pode ajudar muito na educação dos filhos e sua função não se restringe somente ao sustento ou aos afazeres mais pesados da casa.

A participação do pai é vital para a sustentabilidade da família e ao tornar-se um pai participativo, cria-se um laço de união com a mãe, onde ambos podem caminhar juntos na formação e educação dos seus filhos.

A formação da mãe x formação do pai

Pai e mãe (mulher) deitados, com o seu filho no meio

Historicamente as mulheres são mães há muito mais tempo que os homens são pais. Na pré-história, elas cuidavam congenitamente dos filhos até que eles crescessem e se tornassem mais independentes.

Logo, podemos dizer que é natural que a mulher seja muito mais apta que o homem para cuidar dos filhos.

Porém, o mundo mudou e existem casais experimentando novas composições familiares, mas a velha divisão de papéis insiste em se manter.

A mãe se sobrecarrega e o pai continua folgado, entretanto ela não precisaria ser 100% mãe todas às vezes, ela poderia ser só 50% mãe se os outros 50% fossem supridos pelo pai, assumindo seu papel na educação.

Nada mais justo para a mãe que alçou posições profissionais iguais aos dos homens, certo?

O homem ainda tem muito a desenvolver no papel de pai, já a mulher, começa a avançar no seu papel de mãe durante a gravidez.

Ela acompanha o desenvolvimento do bebê, sente seus movimentos e observa suas mudanças corporais e de humor.

É na gravidez que a mãe conhece seu bebê e constrói um vínculo com ele. Enquanto isso o homem observa de fora, um pouco confuso, sem saber como participar mais ativamente dessa construção.

O desenvolvimento do pai também deveria começar durante a gravidez e não apenas limitar-se aos cuidados com a grávida.

O pai se preocupa com as despesas do recém-nascido, mas não dá a devida atenção à troca de fralda, a preparação da mamadeira ou como dar o banho no bebê.

Poucos o fazem, pois, a maioria ainda pensa que “isso é coisa de mulher!”.

E isso não é verdade!

A participação do pai nas relações mais básicas é muito importante na formação do bebê. A criança recém-nascida reconhece através desses pequenos gestos o amor e se sente acolhido por ambos.

Por fim, gostaria de deixar uma frase que li em um livro de um grande escritor brasileiro e que fala sobre o dia a dia das famílias.

Essa frase me caiu como uma luva e me ensinou muito e tenho certeza que poderá te ajudar na construção da educação familiar.

As pessoas poderiam observar como outras pessoas funcionam quando estão com seus filhos nas festas, praças de alimentação de shopping centers, parques e igrejas. Elas poderiam aprender muito e, com isso, interferir na própria família para melhorar a qualidade de vida delas.

Içami Tiba

Não desperdice a oportunidade de aprender com os erros dos outros e, acima de tudo, entenda as dificuldades que cercam a complexa vida da mulher e dê a sustentação que tanto precisa.

Ela não é a única responsável pela educação do seu filho!

Se você gostou desse artigo, veja também a matéria que preparei sobre como estabelecer um diálogo com o seu filho, tenho certeza que será muito útil a você!

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Referência: TIBA, Içami. Quem Ama Educa! Formando Cidadãos Éticos. 37ª Ed. – São Paulo – Integrare Editora, 2007

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